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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O Jeep e o Slade, sem freios

Num Jeep sem freios não faltava um toca-fitas. Parávamos aquela geringonça na marcha, quando parava. No cassete rolava Slade, uma banda do Reino Unido que tinha nos vocais Noddy Holder que adorava arrotar durante as músicas. Ballrrom Blitz e Move Over eram as nossas músicas preferidas, até o Jeep gostava, rodava mais macio com elas. Não tinha tempo ruim, nem subidas que aquela máquina, estilizada nos tons verde exército com morrom na proa (ou seria capô), não dava conta. Embalados pelo vapor do radiador que fervia que nem chaleira no fogão a lenha, o Slade dava o tom certo para a aventura sem frescura e sem medo de morrer. O rock era um parceiro fiel, disso somos testemunhas, especialmente, num tempo onde ainda não haviam inventado o famigerado bafômetro, motivo de tanta controvérsia nos dias atuais, aliás, dias de aventuras virtuais, morna, sem perigo, sem o Jeep e, especialmente, sem o Slade. 

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