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domingo, 26 de fevereiro de 2012

DJs dos anos 80

No início dos anos 80, eu e mais três amigos resolvemos investir numa aparelhagem de som para fazer festas de garagem. Ouvíamos muito rock e porque não compartilhar nossos gostos musicais? Assim, emprestamos nossas iniciais e surgiu o F.L.S.D. Nosso intuito? Com certeza não era ganhar dinheiro. Nosso propósito era mais singelo, a diversão, a “curtição” e, claro, as garotas. Fomos os primeiros DJs da cidade. Naquela época as melhores bandas e, conseqüentemente, os melhores vinis ou “bolachões”, na sua maioria, tinham de ser importados. Os efeitos luminosos, como a luz negra, os canhões de lazer, o strobo rítmico e outros luxos disponíveis hoje em dia em qualquer loja de eletrônicos, eram raros, para não dizer que custavam os olhos da cara. Assim, fazíamos nossas geringonças de efeitos luminosos na garagem de casa, com faróis velhos e papel celofane, muita criatividade e trabalho duro (muitas vezes no serrote mesmo). Mas a noite vinha e com ela a recompensa, muito rock na cabeça. A trilha sonora, (que hoje se chama playlist) era preparada com antecedência, mas acabava não rolando, o improviso ficava mais ao gosto da rapaziada. Vestíamos causas Lewis caninho (eu tinha apenas uma e bem surrada) e geralmente começávamos as festas tocando Deep Purple uma banda de heavy metal inglesa que tinha Ian Gillan no vocal e Ritchie Blackmore na guitarra.   Smoke on the water celebrizou o Deep Purple e o F.L.S.D. e fazia de nós os quatro rapazes mais inovadores da famosa Rua Iano.  

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